DEOLINDO MATOS é Engenheiro Civil graduado pela Universidade
Federal do Piauí-UFPI com Especialização em Finanças de Empresas pelo Instituto
Camilo Filho. Trabalhou na Divisão de Engenharia do Banco do Estado do
Piauí-BEP. É avaliador pelo Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de
Engenharia-IBAPE. Atuou como perito e assistente
das partes em ações dos fóruns estadual e federal que envolviam avaliação e perícia
de engenharia. Auditor Fiscal da Receita Municipal do Município de Teresina durante
30 anos onde exerceu funções que envolviam avaliações de
imóveis, como a função de Auditor chefe
do Serviço de Avaliação para cobrança do Imposto sobre a Transmissão de Bens
Imóveis-ITBI durante 15 anos e de Auditor coordenador dos Auditores
Ficais da Receita Municipal, também
Engenheiros Civis, com Pós-Graduação em Avaliação de Imóveis nos estudos e
preparo da Planta de Valores Genéricos-PVG que estabelecem as avaliações dos
imóveis da cidade de Teresina para a
cobrança do ITBI e do IPTU. Atualmente é aposentado como Auditor Fiscal da
Receita Municipal de Município de
Teresina. Atuou como Engenheiro de Obras de construtoras de Teresina em obras importantes
como a Universidade Estadual do Piauí em Parnaíba e prédio de apartamento alto
padrão de 13 pavimentos em Teresina. Sócio
fundador e atualmente Sócio Administrador
e Responsável Técnico da DMS EDFICAÇÕES LTDA, construtora proprietária do Loteamento Greenville na
cidade de Água Branca-Pi, do qual também é o idealizador. Tem vasta experiência
na execução de casas de baixo, médio e
alto padrão e em rede de captação, distribuição e reservação de Água (com caixa
d´água metálica) e na análise e gerenciamento de loteamento. É corretor de imóveis
pelo CRECI-PI.
As 8 tabelas dessa matéria e mostram
detalhadamente o que a mídia chama de “Milagre dos juros compostos”.
O entendimento das tabelas é simples. Na Tabela 1, classifiquei
os poupadores em 4 tipos. O bom poupador que poupa 30% de seu salário
líquido ou de sua renda líquida mensal. Consequente mente gasta 70% dessa renda.
O poupador mediano poupa 20% e
gasta 80%. O poupador modesto poupa 10% e gasta 90%. O não poupador
ou gastador poupa 0% e gasta 100%. Na primeira coluna da Tabela 1
estimei classe de salários ou renda mensal variando de 1 mil até 50 mil. Calculei
as partes poupadas e gastas pra cada salário /renda auferida e tipo de poupador.
Nas Tabelas 2 a 7 fiz a capitalização por juros
compostos à taxa de 1% a.m. (um por cento ao mês) das partes poupadas e gastas do salário
líquido ou da renda líquida mensal em
períodos de capitalização que vão de 5 anos na tabela 2 até 30
anos na tabela 7. As
capitalizações calculadas a juros compostos são de 1% a.m. (ao mês) acima da inflação do mês, então
qualquer que seja o período, ou salário, a capitalização informa diretamente o valor
presente das partes poupadas e gastas nesse período.
Somando-se a partes gastas e poupadas obtém-se o valor se
você conseguisse poupar integralmente o salário. Caso você deseje se informar
sobre o montante que teria no período que não se empregou porque suas contas
eram pagas por outra pessoa. Você também não precisa somar as partes gastas e
poupadas, o
Exemplo 1: Com um salário líquido de R$ 2.000,00 um poupador
modesto teria apenas R$ 16.333,93 em 5 anos (tabela 2) e R$ 46.007,74
em 10 anos (tabela 3), mas um valor considerável
de R$ 375.769,33 em 25 anos (tabela 6) e
R$ 698.992,83 em 30 anos (tabela 7) . Já
com esse mesmo salário líquido de R$ 2.000,00 um bom poupador
teria apenas R$ 49.001,80 em 5 anos (tabela 2) e R$ 138.023,21 em 10 anos (tabela 3), mas um valor
considerável de R$ 1.127.307,98 em 25 anos (tabela 6) e R$ 2.096.978,48 em 30 anos (tabela 7) .
Exemplo 2: Com um salário de R$ 5.000,00 um poupador modesto
teria apenas R$
40.834,83 em 5 anos (tabela 2) e R$ 115.019,34 em 10 anos (tabela 3), mas um valor considerável de R$ 939.423,31 em
25 anos (tabela 6) e R$ 1.747482,07 em 30 anos (tabela 7) . Com esse mesmo
salário de R$ 5.000,00 um bom poupador teria apenas R$
122.504,50 em 5 anos (tabela 2) e R$
345.058,03 em 10 anos (tabela 3), mas um valor considerável de R$ 2.818.269,94 em 25 anos (tabela 6) e R$ 5.242.446,20 em 30 anos (tabela 7) .
Exemplo 3: Com um salário de R$ 20.000,00 um poupador modesto
teria apenas R$
163.339,34 em 5 anos (tabela 2) e R$ 460.077,38 em 10 anos (tabela 3), mas um valor considerável de R$ 3.757.693,25 em 25 anos (tabela 6) e R$
6.989.928,27 em 30 anos (tabela 7) . Já com esse mesmo salário de R$ 20.000,00 um bom poupador teria apenas R$ 490.018,02 em 5 anos (tabela 2) e R$
1.380.232,14 em 10 anos (tabela 3), mas um valor considerável de R$
11.273.079,76 em 25 anos (tabela 6) e R$ 20.969.784,80 em 30 anos (tabela 7) .
Você pode
obter a capitalização para outros salários que não constam na tabela, como por
exemplo R$ 4.000,00. SComo alterome os resultados da faixa de R$ 1.000,00 com
os da faixa de R$ 3.000,00. Se achar mais fácil, consulte na Tabela 1 a
parte que deseja poupar mensalmente e nas tabelas 2 a 7 o montante
capitalizado para o período que desejar.
Olhando
assim parece fácil. Eu não disse que seria. É preciso disciplina para fazer os
depósitos sem falhar. Uma ou outra falha nos depósitos não vai lhe afastar
significativamente dos resultados. Falta de disciplina sim.
Também não
estou dizendo que é fácil você conseguir , de início, uma taxa de 1% a.m. Você pode começar com taxa
menor que 1% a.m. e, após um determinado
tempo, conseguir taxas até maiores de 1%.
Assim você pode compensar os resultados obtidos no período com taxa maior que 1% a.m. com os não obtidos no período com
taxa menor que 1% a.m. e igualar os
resultados da tabela ou até superá-los. Já
consegui taxas de até de 2%. Os maiores bancos oferecem taxa menores, mas tem
mais solidez. Os bancos menores, os menos tradicionais, os que estão iniciando
oferecem taxas maiores, porém o risco é maior. Vai depender do risco que você
quer correr. Você também pode inicialmente, se se sentir confortável, aplicar
no mercado de ações, e após um determinado tempo, quando tiver acumulado um bom
montante parar com as aplicações de risco e aplicar a taxa de 1%.
Qualquer
que seja sua decisão, a taxa de 1% escolhida para capitalizar as partes
poupadas e ganhas é a taxa mais usadas em cenários de capitalização de
depósitos . Obviamente existem taxa menores e maiores. Essas taxas variam em
função dos valores e da época dos depósitos, da instituição financeira, do
relacionamento do cliente e dos produtos que esse cliente tem na instituição
financeira e até do conhecimento e experiência do aplicador de recursos. Esse
estudo foi feito com uma taxa só ao invés de taxas variáveis ou diferentes em
períodos diferentes. Assim posso retratar-se uma situação ao longo de muitos
anos, e você pode compreender melhor.
O
importante é você ter a consciência que os gastadores não pouparam nada nesses
períodos e aqueles que não se empregaram por anos, ou até décadas, porque tiveram quem os bancasse, também nada pouparam, mas poderiam estar numa
situação muito confortável.
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